Doenças inflamatórias intestinais – O que são e como conviver com elas

Segundo dados da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), 78% dos pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DIIs) sentem suas vidas bastante afetadas. Além dos sintomas físicos, essas doenças também causam impactos emocionais, e não são incomuns os casos de depressão e ansiedade.

Mas não é só o paciente que tem sua vida impactada; familiares e amigos também. No entanto, com o tratamento adequado e com o apoio dos entes queridos, é possível sim ter qualidade de vida e manter a rotina, ou seja, trabalhar, estudar, namorar, viajar, fazer o que quiser.

Foi para conscientizar e chamar a atenção das pessoas sobre as DIIs que foi criada a campanha Maio Roxo, que ganha cada vez mais importância porque tem crescido o número de pessoas diagnosticadas com essas doenças no país.

O que são as doenças inflamatórias intestinais?

A doença inflamatória intestinal é uma doença autoimune, ou seja, ela ocorre quando o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do corpo. Embora possa acometer pessoas de qualquer idade, é mais comum entre os jovens, afetando, inclusive, crianças.

As DIIs se dividem em dois tipos:

  • Retocolite ulcerativa: afeta o cólon e o reto (intestino grosso), causando infamação e lesões;
  • Doença de Crohn: causa inflamação principalmente no intestino delgado, mas também pode afetar o intestino grosso.

Ainda não se sabe o que leva ao aparecimento das DIIs, mas pessoas que têm familiares com essas doenças estão mais propensas a desenvolvê-las.  

Sintomas das doenças inflamatórias intestinais

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Diarreia persistente (com duração de mais de quatro semanas);
  • Dor abdominal;
  • Sangramento retal ou fezes com sangue;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Perda de apetite;
  • Fadiga;
  • Anemia.

Tanto a doença de Crohn quanto a retocolite têm uma característica: elas podem ser acompanhadas pelas chamadas manifestações extraintestinais, ou seja, quando os sintomas vão além do intestino, atingindo os olhos, as articulações e a pele.

Como as DIIs podem ser tratadas?

O tratamento das DIIs pode ser feito com o uso de medicamentos ou com cirurgia, dependendo do caso. Entre os medicamentos indicados, estão:

  • Anti-inflamatórios: são frequentemente o tratamento inicial da retocolite ulcerativa de leve a moderada;
  • Imunomoduladores: regulam o sistema imunológico hiperativo;
  • Antibióticos: indicados para tratar infecções e abscessos;
  • Corticosteroides: indicados para auxiliar na remissão (ausência de sintomas) das doenças inflamatórias intestinais;
  • Biológicos: ajudam a neutralizar as proteínas do corpo que estão causando inflamação. Alguns são administrados através de infusões intravenosas (IV) e outros são injeções que o próprio paciente administra;
  • Analgésicos: para controle da dor.

Além disso, o médico pode recomendar o uso de vitaminas e suplementos quando o organismo não está absorvendo os nutrientes necessários.

Já as cirurgias são indicadas quando há necessidade de remover porções danificadas do trato gastrointestinal.

É possível conviver com as DIIs e reduzir os impactos das doenças na qualidade de vida

As doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas podem ser tratadas para que sejam mantidas controladas, causando o menor impacto possível à vida do paciente.

É esperado que, ao receber o diagnóstico de DII, a pessoa fique preocupada e com dúvidas sobre o que fazer. No entanto, é fundamental que ela esteja segura e confiante de que, com o atendimento médico e a atenção adequados, é perfeitamente possível levar uma vida saudável.

Nessa jornada de tratamento, é importante aprender a conviver com a doença, e isso vale para uma criança em idade escolar, para um adulto jovem ou um idoso. Dicas simples, como ter alguns cuidados ao sair de casa para trabalhar, ir à escola ou passear, podem fazer toda a diferença no enfrentamento da doença.

Também é importante contar com o apoio de amigos e familiares, e de especialistas, para os cuidados com a saúde mental.

Além disso, quem convive com o paciente deve ficar atento a quais são suas necessidades. Muitas vezes, as pessoas próximas querem ajudar, mas não sabem como. Assim, é interessante perguntar como contribuir para que esse caminho seja mais leve. Entender as necessidades do paciente é fundamental para que ele consiga manter sua saúde física e emocional em equilíbrio, pois isso impacta o resultado do tratamento e o controle das crises.

O CIP desenvolveu um e-book especial sobre DIIs, destacando algumas dicas úteis, tanto para o paciente quanto para os seus familiares e amigos.

Lembre-se: nunca se defina como alguém com uma doença inflamatória intestinal. Você é muito mais do que isso. E se precisar de apoio nessa jornada, conte com a gente!

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