Agosto Laranja: mês de conscientização sobre a Esclerose Múltipla

Este mês de agosto é uma data importante para os pacientes com esclerose múltipla (EM) e seus familiares. É um mês em que se debate a importância da informação e do conhecimento sobre essa doença que acomete o sistema nervoso central e atinge, segundo estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 40 mil pessoas no Brasil. 

A EM, como é conhecida, é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, ocorre quando as células de defesa do organismo atacam o sistema nervoso central, provocando danos à bainha de mielina – um tecido gorduroso que recobre os nervos. Com isso, a maneira como os impulsos elétricos são enviados de e para o cérebro passam a ser afetados. 

Na maioria dos casos, a esclerose múltipla costuma ser diagnosticada em pessoas com idade entre 20 e 40 anos e a doença é de duas a três vezes mais comum em mulheres do que em homens. 

Sintomas 

Os principais sintomas da esclerose múltipla são:  

  • Fadiga intensa: é um dos principais sintomas da EM e também um dos mais incapacitantes. Surge com mais frequência quando o paciente se expõe ao calor ou realiza um esforço físico intenso; 
  • Voz trêmula, pronúncia hesitante das palavras e dificuldade para engolir; 
  • Visão embaçada ou visão dupla; 
  • Problemas de equilíbrio e coordenação: perda de equilíbrio, tremores, instabilidade ao caminhar, falta de coordenação, perda de força nas pernas e ao caminhar e fraqueza geral; 
  • Espasticidade: aumento da contração muscular com rigidez dos membros ao se movimentar e sensação de queimação ou formigamento em partes do corpo; 
  • Incontinência urinária;  
  • Dificuldades de memória e na execução de tarefas; 
  • Depressão, ansiedade, alterações de humor, irritação, transtorno bipolar; 
  • Transtornos sexuais (disfunção erétil nos homens e diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres). 

Os sintomas da EM podem não ser os mesmos para todos os pacientes e a doença pode ter mais de um padrão de manifestação, desde intercalar períodos sintomáticos com períodos de remissão, até um quadro progressivo sem as remissões. Vários fatores podem interferir, como qual parte do sistema nervoso foi afetada.  

Como a esclerose múltipla é diagnosticada 

Para diagnosticar a EM o médico se baseia nos sintomas apresentados pelo paciente e também em alguns exames, sendo os mais solicitados: 

  • Exames de sangue; 
  • Ressonância magnética; 
  • Punção lombar para análise do líquido cefalorraquidiano (líquor); 
  • Exame de potencial evocado (mede os sinais enviados pelo cérebro em resposta a estímulos). 

Como ajudar um familiar ou amigo com esclerose múltipla 

  • Busque entender a doença; 
  • Mostre respeito, compreensão e paciência; 
  • Ofereça afeto, apoio e palavras positivas; 
  • A fadiga não é preguiça; 
  • Seja flexível e sensível; 
  • Não espere uma melhora repentina; 
  • Encoraje o tratamento; 
  • Evite criticar e cobrar o paciente.  

A esclerose múltipla, embora não tenha cura, não é uma doença degenerativa, como o Alzheimer ou a doença de Parkinson, mas sim uma doença inflamatória que precisa ser diagnosticada e tratada precocemente. O tratamento precoce é importante para frear a evolução da EM e minimizar as sequelas que podem afetar o paciente após cada surto, pois a somatória de sequelas é o que leva a um aumento progressivo da incapacidade neurológica.  

Cada paciente evolui de um jeito – existem formas mais agressivas e formas mais brandas da EM. Da mesma forma, existem pacientes que respondem melhor ao tratamento enquanto outros têm respostas piores. Mas todos podem ser tratados para preservação de sua qualidade de vida. 

No nosso próximo texto, vamos falar sobre as várias opções de tratamento. 

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